Você lembra quais foram os presidentes do Brasil?
Não?
Então senta aqui!
A dica de hoje é ótima pra quem precisa de uma aula rápida de história. A TV cultura criou uma série de mini aulas chamada "Conhecendo os Presidentes do Brasil". Os vídeos são bem pequenos (cerca de dois minutinhos, cada um) e são ilustrados por pelo cartonista Zé Dassilva.
O primeiro episódio é sobre Deodoro da Fonseca e o último sobre Luis Inácio Lula da Silva.
Se você esteve presente no planeta terra nos últimos meses, deve ter percebido que a nossa situação política e econômica anda meio mal das pernas. Pra você que é leigo, mas quer saber mais sobre o assunto pra não ser passado pra trás numa discussão, senta aqui, que eu vou te dar umas dicas de livros, jogos, aplicativos e séries de TV. Começando pelos livros: 1. O Livro da Política - Editora Globo
O livro da política é uma espécie de catálogo com os principais ideologias, políticos, pensadores e líderes da história. Não é um guia completo, ok? Ele serve pra você ter uma noção rasa de vários assuntos relacionados à política. 2. Ciência Política - Reinaldo Dias
Essa aqui é a Bíblia de todo aluno de Ciência Política. Leitura super tranquila, tem todos os conceitos importantes e muito bem explicados. 3. Política: Quem manda, Por que manda e Como manda - João Ubaldo Ribeiro
Esse livro explica de forma bem clara e objetiva como funcionam as relações de poder no Brasil. E ainda vem com uma série de perguntas, ao final de cada capítulo, pra reforçar a aprendizagem. 4. Poder Legislativo: Como é organizado, o que faz e como funciona - Departamento Intersidical de Assessoria Parlamentar (DIAP)
Cartilha, bem pequena, em formato de perguntas e respostas sobre o Poder Legislativo. É ótimo pra entender como funciona direitinho o Congresso Nacional 5. Sistemas Eleitorais - Jairo Nicolau
Se você não entende como funciona o sistema eleitoral brasileiro, esse livro é o canal. Livro fino, muito claro e didático. 6. Política Para Não Ser Idiota - Mário Sérgio Cortella e Renato Janine Ribeiro Esse livro te ensina a falar de política sem passar vergonha. Escrito em forma de diálogo entre o Professor Cortella e Janine Ribeiro. É gostoso de ler porque parece que você está lendo uma grande conversa de whats app. 7. O Nobre Deputado - Márlon Reis
Esse pequeno livro deixou muita gente no congresso furiosa. Trata-se de um relato fictício (porém muito realista) sobre como acontece a corrupção no sistema legislativo. 8. O príncipe - Maquiavel
Parece difícil, mas não é. Muito embora seja um livro MUITO antigo, seus ensinamentos são perfeitamente atuais. Todo político que se preze já leu esse livro ao menos uma vez. É uma ótima leitura pra entender como funciona a cabeça de quem está no poder. HQ: 1. V de Vingança
Pra quem gosta de histórias em quadrinhos, essa HQ é sensacional. Mostra, de maneira bem realista, como funciona um regime autoritário e a força de uma sociedade mobilizada. Séries de TV: 1. House of Cards
Não poderia deixar de mencioná-la. Uma das séries mais realistas e chocantes sobre a política. Como drama é excelente e como aula de política, também. 2. JK
Minissérie brasileira excelente, conta a história do ex-presidente Juscelino Kubitschek. 3. Boss
Tom Kane é aquele político que não quer largar o osso. Qualquer semelhança com políticos brasileiros é mera coincidência. Peça de Teatro 1. Liberdade, Liberdade - Millôr Fernandes e Flávio Rangel
Recentemente eu soube que além de uma peça de teatro é também uma minissérie da Globo. Eu ainda não assisti a versão para televisão mas, posso garantir que a peça de teatro é uma das coisas mais maravilhosas que você vai ver na sua vida. Aplicativo para celular: 1. Infoleg
Aplicativo desenvolvido pela própria Câmara dos Deputados, super simples de usar. Você pode acompanhar a tramitação de projetos, audiências públicas, CPIs, etc. E ainda recebe notificações, se quiser. Jogos 1. Democracy
Democracy é um game genial. Não ensina nada teórico, obviamente, mas te dá uma boa noção de como é o trabalho de um chefe de estado. É simples de jogar, mas difícil de terminar. Aqui você sofre golpes militares, é assassinado, sofre impeachment e tudo mais. Eu não consegui terminar nenhuma partida ainda. 2. Civilization
Civilization é um jogo mais complexo, graficamente, mas é super interessante porque trabalha com a questão de domínio de terras, comércio exterior, economia, etc. Tem mais alguma sugestão? Conta pra mim.
Depois de ler várias aberrações na internet quando o assunto
é política, vou dar algumas dicas para você, cidadão comum, dotado de
inteligência, discutir sem parecer um ignorante no assunto.
1.Você domina o assunto?
A primeira coisa que você deve
pensar ao iniciar uma discussão sobre política na internet é: “Eu domino esse assunto?
” É sempre bom lembrar que existem pessoas que passaram suas vidas estudando uma coisa, e, quando você vai a público falar
besteira, você está ferindo de morte todo o esforço e empenho dessas pessoas.
2.Saiba
a diferença: Você está num debate ou embate?
Um debate consiste em troca de
ideias e informações a respeito de um determinado tema. Ainda que haja
divergência de opiniões, a conversa é civilizada e tranquila. O embate, ao contrário, é o baixo nível. Poucos argumentos e muita ofensa pessoal. Você está em qual categoria?
3.Evite
termos como “na minha opinião”
Na escola nos ensinam que nós
devemos ser pessoas “de opinião”. Eu trago más notícias sobre o estereótipo imposto
pela tia da quarta série: Ninguém se importa com a sua opinião. Dizer, numa
discussão, que “essa é apenas a minha opinião” só deixa claro a sua falta de
domínio sobre o assunto e, não tendo mais argumentos com bases lógicas, você
recorre ao campo da doxa.
Política não é questão de
opinião. Política são fatos, números, acontecimentos e suas respetivas análises.
Se baseie sempre em dados COMPROVADOS para discutir política. O famoso “eu acho”
não é argumento.
IMPORTANTE: discurso de ódio* não é argumento nem é opinião.
Discurso de ódio é crime.
4.Evite
o “senso comum”
“TODO MUNDO é ladrão!” É mesmo? Com
base em que? Qual foi o estudo que você fez pra afirmar tal coisa? Nenhum né?
Pois é. O senso comum anda de mãos dadas com o “achismo” e eles simplesmente
não acrescentam nada a discussão. Proferir palavras como “coxinhas”, “petralhas”
e afins também só demonstram a sua falta de capacidade argumentativa.
5.Qual
é a sua fonte?
Lembre-se SEMPRE de verificar sua
fonte. Jornais e blogs não são fontes confiáveis. Infelizmente o jornalismo
brasileiro tem uma cultura lamentável de republicar notícias de outros jornais,
alterando apenas algumas palavras. Procure SEMPRE informações em sites
oficiais. Falou um dado e não citou a fonte? Citou fonte duvidosa? Tá passando
vergonha.
IMPORTANTE: correntes de whats app NÃO SÃO fontes.
6.Você
X o mundo
O mundo não está dividido entre
você e os outros. Pare de taxar as pessoas que não pensam como você de erradas.
7. Fale
por você
Vejo muitas pessoas falando
coisas do tipo: “eu trabalho em lugar X, eu sei o que eu estou falando” Você não
é porta-voz de uma categoria de trabalhadores, nem de quem quer que seja. Não
seja covarde colocando o nome de outras pessoas para sustentar seu argumento.
Fale somente por você.
8.Não
generalize
Quando você generaliza uma informação
você está dizendo para todo mundo que você está com preguiça de pesquisar, mas
vai falar mesmo assim. Não seja esse tipo de pessoa.
9.Seja
coerente
Muita gente faz várias viagens ao
exterior por ano e está na internet reclamando que “tá tudo muito caro”. Tá
caro pra você, cara? JURA?
Há também quem defenda o “estado
mínimo” estando empregado em órgãos públicos, ou estudando para passa em um. Tá
passando MUITA vergonha.
10.Não
seja preguiçoso
A internet torna as coisas muitos
mais fáceis e às vezes temos preguiça de verificar mais a fundo uma informação
que julgamos ser verdade. Fora que, estar na frente de um computador, tablete ou
celular tira totalmente o nosso pudor, de modo que não pensamos antes de falar
as coisas. Mas se você está escrevendo, alguém está lendo e você pode, sim,
estar passando vergonha.
11.Jornalismo
X política
Muitos veículos de comunicação
colocam jornalistas para fazer comentários sobre política. Comentarista de
jornal NÃO É especialista em políticas públicas, sistemas eleitorais, relações
governamentais, direito, federalismo ou temas correlatos. Na maioria das vezes
os comentários desses jornalistas são carregados de juízos de valor e quase
nenhuma informação. Procure sempre a visão de especialistas da área.
*DISCURSO DE ÓDIO: “Promoção aoódio e
incitação à discriminação, hostilidade e violência contra uma pessoa ou grupo
em virtude de raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, gênero,
condição física ou outra característica.” Fonte.
Vou deixar aqui um vídeo muito didático do canal Nerdologia falando sobre o assunto.